O Prêmio Luiz Beltrão de Ciências de Comunicação foi criado como forma de reconhecimento a pesquisadores e grupos de pesquisa que se destaquem no meio acadêmico. O troféu é concedido a quem produz trabalhos relevantes na área das ciências da Comunicação e contribui para consolidar o prestígio das comunidades acadêmica e profissional brasileiras. A cerimônia de entrega das estatuetas ocorre anualmente, durante o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.
Prêmio Luiz Beltrão 2022 – HOMENAGEADOS do PROCESSOCOM.
Maturidade Acadêmica– Alberto Efendy Maldonado Gómez de la Torre (Unisinos)
Grupo Inovador – Núcleo Interdisciplinar de Estudo, Pesquisa e Extensão em Comunicação, Gênero e Feminismos Maria Firmina dos Reis.
O certificado de “Maturidade Acadêmica” é concedido ao conjunto da obra de um pesquisador sênior que tenha obtido reconhecimento nacional e/ou internacional; em 2022 esse prêmio foi outorgado Alberto Efendy Maldonado Gómez de la Torre pelo trabalho de investigação crítica sistemática de processos comunicacionais e midiáticos, no Brasil e na América Latina; pela formação de excelência de estudantes de pós-doutorado, doutorado, mestrado, iniciação científica e graduação; pela fundamentação, argumentação e socialização da perspectiva transmetodológica; pela direção e gestão como Catedrático Titular da Cátedra Mattelart-CIESPAL- América Latina; pela contribuição à estruturação e funcionamento do PPGCC-UNISINOS como programa de excelência, em especial das linhas Cultura, cidadania e tecnologias da comunicação e Mídias e processos socioculturais; pela fundação e desenvolvimento do GP-PROCESSOCOM como grupo de pesquisa de destaque na universidade; pela fundação, articulação e desenvolvimento da Rede AMLAT na América Latina; pelo reconhecimento nacional e internacional como consultor de organizações e publicações científicas de referência; pela produção teórico-metodológica de livros, capítulos, artigos, ensaios, vídeos, programa de rádio, TV e jornais impressos. E, em especial, pelo compromisso ético, político, educativo e existencial com os povos de Nossa América, e com todas[os] aqueles marginalizados[as], excluídos[as], estigmatizados[as] pelos conservadorismos de toda índole. O prêmio reconhece intelectual, investigativo e político de um trabalho sistemático transformador em termos epistemológicos, teóricos, metodológicos e tecnológicos durante mais de três décadas de trabalho no Brasil e em Ibero-América.

Já o certificado Grupo Inovador do Prêmio Luiz Beltrão é formado por instituições, divididas em “Grupo Inovador” e “Instituição Paradigmática”. A primeira categoria contempla núcleos de pesquisa que se destaquem pela capacidade de inovar nos planos teóricos, metodológicos, tecnológicos ou pragmáticos durante suas pesquisas. O troféu de “Instituição Paradigmática” se destina a cursos, departamentos, escolas, institutos, empresas, sindicatos, associações, ONGs ou órgãos públicos que tenham se notabilizado na pesquisa dos fenômenos comunicacionais.
E em 2022 esse prêmio foi outorgado para o Núcleo Interdisciplinar de Estudo, Pesquisa e Extensão em Comunicação, Gênero e Feminismos Maria Firmina dos Reis.
Para Leila, Michelly e Luciana, ganhadoras do prêmio: “Ganhar o prêmio Luiz Beltrão representa o reconhecimento de um trabalho que vem sendo desenvolvido com o objetivo de tornar a Universidade um espaço menos excludente, também para que sejam pensadas e implementadas outras metodologias e epistemologias nas quais estudantes e docentes possam reconhecer suas histórias e narrativas, também de suas comunidades, seus familiares.
Receber um prêmio nacional como o Luiz Beltrão, promovido pela Intercom, que é uma das sociedades mais importantes nos estudos de comunicação do Brasil e na categoria “grupo inovador”, nos mostra que é possível continuar esperançando, como nos ensina Paulo Freire. Uma esperança que nasce da ação e do sonho, da luta que resiste para que outras formas de produção do saber sejam valorizadas e reconhecidas, que outros territórios possam ser reconhecidos como produtores e disseminadores de caminhos teórico-metodológicos, tal como temos feito no interior do Maranhão, na cidade de Imperatriz, através da força do Núcleo Maria Firmina dos Reis – que homenageia e evidencia o legado dessa mulher negra maranhense, abolicionista, primeira romancista negra brasileira.
O caminho que temos desenvolvido é de força, de potência e de sonho-esperança. Somos mãos, mentes, espíritos e corações que têm fluído no caminho do afeto, da amizade, do amor e da transformação social, que passa fundamentalmente pela educação, por tornar nossas escolas e Universidades espaços de acolhimento e não de exclusão. “
